28 agosto, 2008

O que é um poço artesiano?

O que é um poço artesiano?

(Jorge dos Santos de Silva , Resende, RJ)

É um poço perfurado com diâmetro pequeno, grande profundidade e um detalhe importante: a água jorra do solo naturalmente, porque sua própria pressão basta para levá-la à superfície. "Quando essa pressão não é suficiente, temos de utilizar uma bomba - mas aí o poço só pode ser chamado de semi-artesiano", afirma o hidrogeólogo Ricardo Hirata, da USP. O nome data do século XII, quando, em 1126, foi criado um poço do gênero na cidade francesa de Artois, ou Artésia. Esse, porém, estava longe de ser o primeiro, pois há indícios de que os chineses já faziam perfurações desse tipo por volta de 5000 a.C. Tanto o artesiano quanto o semi-artesiano são chamados tecnicamente de poço tubular profundo. Ambos são escavados por furadeiras gigantes, usando uma broca desenvolvida pela indústria petrolífera. Outra característica é que vão buscar no subsolo os chamados aqüíferos, regiões de alta concentração de água infiltrada em rochas e sedimentos, preenchendo todos os poros e fraturas. Esse processo equivale a uma filtragem natural. "Devido à sua grande profundidade, os aqüíferos estão protegidos da contaminação pelo homem e, muitas vezes, não é necessário tratamento antes do consumo", diz Ricardo.
Tubo liso
Conduz a água até a superfície
Cascalho
Usado como pré-filtro, preenche todo o espaço entre as paredes do furo e as do tubo, retendo impurezas e partículas maiores
Válvula
Controla a vazão natural da água - ou o bombeamento, nos poços semi-artesianos
Bomba
Serve para puxar a água para a superfície, quando a pressão é insuficiente para que isso ocorra naturalmente
Filtros
Tubos de aço furados, como peneiras bem finas para filtrar as impurezas que atravessam o cascalho. É por aqui que a água entra no tubo, além de pela abertura inferior
AqüíferoZona subterrânea onde os espaços entre os grãos de cascalho, areia, argila ou rocha estão preenchidos por água

Pesquisa Geofísica.

A locação de um “poço artesiano” é, sem dúvida nenhuma, uma das etapas mais importantes desta obra de captação de água subterrânea, sendo necessário grande conhecimento geológico do subsolo da região, por profissionais habilitados geólogos – que determinarão o melhor local para a perfuração do poço.
Neste sentido, a SEAPOÇOS oferece com exclusividade, estudo geofísico pelo método elétrico, com execução de pseudoseções elétricas (caminhamento superficial) ou sondagens elétricas verticais (SEV), possibilitando visualizar-se com precisão o local e a profundidade onde se encontra a água subterrânea.
Este estudo elimina os custos com perfuração de poços secos ou de baixa vazão, além de definir com certeza, a profundidade máxima de perfuração, evitando-se o aprofundamento desnecessário dos poços. A Pesquisa Geofísica é o ideal para Prefeituras, Departamentos de Água, empresas que tenham um grande consumo e para quem procura uma locação mais segura.

Perfuração de Poços Tubulares Profundos

O Poço Tubular Profundo, também conhecido como “poço artesiano” e/ou “semi-artesiano”, é utilizado para o aproveitamento da água do subsolo, praticamente encontrada em todas as regiões do globo terrestre.
Um bom projeto para um poço, deve ter como objetivos: máxima eficiência, longa duração e baixo custo. Para obter esta otimização os técnicos da Hidropoços lançam mão dos seguintes elementos básicos:
Consulta a mapas geológicos e hidrogeológicos;
Análise quanto ao comportamento e disposições das feições estruturais da região;
Análise dos poços existentes, quanto a profundidade, tipo de aqüífero, tipo de rochas perfuradas, volume de água bombeada, características hidroquímicas, etc.

Determinado o melhor local para a perfuração do poço, a perfuração deverá se processar de acordo com as normas técnicas e dentro de uma tecnologia que possibilite a maior segurança possível.
Assim, um poço tubular profundo bem executado oferece condições totais de aproveitamento da água subterrânea, apresentando as seguintes vantagens:
Abastecimento para todos os fins: cidades, residências, hotéis, industrias, fazendas, hospitais, escolas, etc.
Custo por m³ inferior a qualquer outra forma de abastecimento.
Na maioria dos casos, consumo direto sem necessidade de tratamento prévio.
Suprimento constante de água independente das redes gerais de abastecimento, livre de defeitos, rompimentos de canalizações, cortes temporários, etc.
Fim dos problemas de estiagem, poluição, etc.

Água Subterrânea

O homem dispõe basicamente de dois recursos para o seu abastecimento de água: de superfície e a subterrânea.
A água subterrânea é utilizada há milênios. Os historiadores registram o uso de poços profundos, por Egípcios, Persas e Chineses, há cerca de 2.100 anos A.C. Ela aloja-se nos poros, fendas ou fissuras das rochas que compõem o subsolo da crosta terrestre, formando um “reservatório natural” praticamente inesgotável de água potável, isenta de qualquer impureza ou contaminação bacteriológica.
O termo rocha é utilizado para identificar tanto formações consolidadas duras, como arenitos, granitos e calcáreos, quanto aos sedimentos não consolidados como areia, argila, etc. A água assim armazenada acumula-se durante anos ou até séculos, sendo o seu abastecimento contínuo e natural, praticamente independente do fator climático.
Estima-se que a água do subsolo represente 97% da reserva de água doce do mundo. A ocorrência de água nas rochas em qualquer região é determinada pelo caráter, distribuição e estrutura das mesmas, isto é, pela geologia da região.
O conhecimento destas características é fundamental para o aproveitamento racional das grandes reservas aqüíferas do subsolo

Ciclo Hidrológico

Ciclo Hidrológico é o nome dado à circulação da água nos estados líquido, gasoso ou sólido, dos oceanos para a atmosfera, desta para a Terra e o retorno aos oceanos.
O Ciclo Hidrológico comumente se inicia através dos oceanos, que transferem para a atmosfera a água sob a forma de vapor. O vapor de água ascendente junta-se para formar as nuvens. Embora a maior parte da umidade atmosférica provenha da evaporação marítima, também concorrem para a formação total do vapor, a evaporação da água dos lagos, rios, do solo, e a transpiração das folhas das plantas.
Este, então, é transportado pelos ventos em direção aos continentes e encontrando baixas temperaturas, a água das nuvens se condensa e precipita sob a forma de chuvas, granizo ou neve. É chamada de “água meteorológica”, sendo a origem de todos os nossos suprimentos de água potável. Uma parte da chuva é contida pela vegetação e, antes de cair ao solo retorna novamente à atmosfera por evaporação. A água que alcança o solo tem uma parte escoada diretamente para os rios, voltando assim aos oceanos, e a outra infiltra-se no subsolo.
Uma quantidade de água infiltrada, localizada na parte superior do solo denominada “zona de aeração”, quando ainda na zona das raízes das plantas, retorna a atmosfera através dos vegetais e pela capilaridade do solo, por “evapo-transpiração”, fenômeno mais conhecido como “aeração”. O restante da água será incorporado à parte inferior do solo na zona denominada “zona de saturação”, onde todos os poros das formações sedimentares, fendas ou fissuras existentes nas rochas serão saturadas ou preenchidas com água, denominada “água subterrânea”.
O limite superior da “zona de saturação” é chamado “superfície do lençol”. Nesta superfície a água nos poros do aqüífero está sob pressão atmosférica, e nestas condições o aqüífero é denominado “lençol freático” ou “aqüífero livre”.
A “água subterrânea” forma reservatórios naturais, segundo a morfologia do terreno, e escoa muito vagarosamente em direção aos rios, lagos ou oceanos, fechando assim, o ciclo iniciado.